sábado, 7 de abril de 2012

O tempo passa, o tempo voa

Tempo, tempo, tempo... Uns têm muito, outros pouco, outros nenhum... Isso depende do momento de vida, da idade, da urgência da situação, da vontade de parar por ali, de voltar atrás, de acelerar... O senso comum, no entanto, é de que ele, o tempo, está apressadinho e sem paciência de se adaptar ao nosso ritmo, seja ele qual for. Para acompanhá-lo precisamos antecipar o relógio, não esperar demais e não dormir no ponto. Quando acordamos, de noites cada dia mais curtas, entramos no ciclo e passamos a perceber a velocidade das horas, dos meses, dos anos. Outro dia estávamos fazendo a lista dos presentes de Natal, mas como num passe de mágica passou o carnaval, a Páscoa e novamente estamos fazendo planos para o ano seguinte, que em breve vai chegar.
Já ouvi várias explicações, que incluem previsões escritas na bíblia, o excesso de tarefas, a correria dos grandes centros etc. O fato é que o tempo está voando e a vida ficando cada dia mais rápida e fugaz. A avalanche de acontecimentos cai sobre nós, sem sequer nos permitir aprofundar, refletir, digerir... Um fato marcante, que te toma o sono, o folêgo e o sossego, tem passado tão rápido quanto o desenvolvimento de uma criança. Aliás, é por meio de crianças que temos a prova mais concreta da pressa do tempo.
Isso não me assusta pelo fato de estar envelhecendo ou coisa do tipo, mas por não ter certeza se estou usando meu tempo de maneira correta. São tantos planos, tantos sonhos, tantos afazeres... E a ansiedade surge quando percbemos que muitas coisas são programadas para aquela fase de vida que de repente ficou pra trás. Não há regras, mas talvez a melhor fórmula inclua viver intensamente os momentos bons e não perder oportunidades, mesmo que elas não façam parte do plano A, B ou C. Ter planos é saudável, mas é preciso estar atento para perceber que as circunstâncias  podem alterar o roteiro, e que por conta delas os planos não sairão como você imaginou.
Isso quer dizer que viver em função de planos pode acarretar em perda tempo? Sim! Mas somente se você não estiver aberto para detectar a necessidade de alterar alguma coisa, de mudar o caminho, de procurar outro rumo ... Vejo muita gente infeliz que continua correndo atrás de planos traçados, sem olhar para o coração e para as necessidades do momento...  É preciso perceber que os desejos se alteram com o passar do tempo, com a maturidade, as mudanças da vidas, os encontros e os desencontros. O importante, no meu ponto de vista, é a autenticidade da historia que construimos e a certeza de que tudo está valendo a pena.
Bom, todo esse desabafo é resultado de um susto: me dei conta de que já é abril... e de  que eu nem tinha assimilado o reveillon, as férias ...

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