domingo, 11 de novembro de 2012

O desafio de ser feliz

A paixão é o que move a vida. Você precisa estar apaixonado por alguma coisa para que a vida faça mais sentido. Pode ser pelo trabalho, por alguém, por uma ideia, por uma proposta, por um projeto, por uma causa ou um desafio... Enfim, não importa a razão, mas sim o sentimento.

É preciso estar apaixonado para ganhar forças e lutar com mais garra. A fórmula é óbvia, e mesmo parecendo simples é bastante complicada. Os medos - de não ser capaz, de não conseguir, de desafiar, de aventurar - nos limitam, e em muitos casos até nos boicotam. Sim, porque o velho clichê de que nossos piores inimigos somos nós mesmos pode ser a mais pura verdade. Já ouvi, e acho que em algum momento também já pensei nisso, que a sensação de felicidade não é fácil de suportar... e algumas vezes pela simples constatação lógica de que ela pode acabar, passar, nos deixar...

Uma amiga me disse que uma pesquisa provou que é muito mais fácil sentir-se triste do que feliz. E não é que isso é real? Basta olhar em volta e perceber como cresceu o número de pessoas ansiosas, medrosas e dependentes de antidepressivos. É mais fácil sentir-se triste, é fato! Uma hipótese para esta tese já tão comprovada, é de que a gente espera muito da felicidade e quase nada da tristeza...

Admirar uma bela vista, relaxar, pode nos dar a sensação de felicidade
Ou seja, a tristeza é recebida sem cobranças e a felicidade com todas as cobranças do mundo... Estar com um amigo, olhar o mar, apreciar a beleza de uma flor, beijar um filho, conseguir ver um sorriso na face de seu animal de estimação, admirar a lua, tomar um bom vinho, comer uma fruta fresca, fazer uma viagem, dar uma boa gargalhada, ler um bom livro ... tudo isso é felicidade, mas poucas vezes a gente consegue perceber como tal. E por que? Porque queríamos mais, esperávamos mais...

E aí estão novamente as expectativas, que geralmente ficam um tom acima da realidade. Por exemplo, quem já parou para pensar que o verdadeiro culpado de uma decepção (com um amigo, um trabalho, um projeto, um amor...) não é aquele que nos frustrou, mas sim a nossa expectativa, que esteve acima daquilo que poderíamos receber? Fomos além do que a pessoa, ou o projeto etc., poderia nos dar e ainda ficamos chateados com isso.

Então que tal dar pesos e medidas mais adequados aos amigos, à vida, à beleza, à felicidade, à tristeza e a nós mesmo? Fica a dica, sobre a qual, confesso, vou pensar melhor também...


Nenhum comentário:

Postar um comentário